segunda-feira, 13 de junho de 2011

Homenagem


Acredito que nada na vida acontece ao acaso. Que tudo tem um propósito e que em tempos que não recordamos, pedimos os seres que nos vão aparecendo ao longo da nossa caminhada. 
É sobre um ser muito especial que escrevo hoje! A minha filha de 4 patas, a Miúda! 
Faz hoje 4 anos que veio à terra, para vir ao meu encontro. 
Digo isto, porque era raça que eu nem apreciava, nem pensaria em ter. No entanto e como nada é ao acaso… 
Um dia uma amiga minha teve uma ninhada pequenina de chow chow (2) e sabendo da minha paixão por cães, ofereceu-me a Miúda :), sabendo que iria ser muito bem cuidada. 
Na altura eu tinha terminado de me separar e viva sozinho. 
Ela veio na altura que eu sem recordar, a tinha pedido. 
Quem nos conhece diz que somos super parecidos, não que isto seja uma exclusividade nossa, porque na realidade eles acabam por ser o reflexo dos humanos com quem convivem. Digo humanos e não donos, de propósito! 
Porque não me sinto o dono dela, mas o seu protector, o seu amigo, o seu orientador, tudo. 
Com ela partilho as minhas palhaçadas, as minhas tristezas. 
Tem sido uma amiga do melhor, vai comigo para todo o lado e quando digo para todo o lado, até já ao teatro foi :):), e quando não a posso levar, sinto a falta dela, como se tivesse deixado algo de mim em casa. 
No outro dia, emocionei-me imenso com esta situação: 
Estava deitado, abraçado a ela a dar-lhe mimos e a dizer-lhe baixinho o quanto a amava e ela olhou para mim, com um ar super ternurento e …espetou-me com montanhas de lambidelas no meu rosto:), como que a dizer…eu sei Nuno! Eu também te amo muito!!! 
Fica aqui registado a devida homenagem a quem tem partilhado tanta coisa comigo. 
Obrigado por me teres escolhido para teu amigo! 
Salvé o dia 21 de Abril!!! 
Amo-te Miúda!!! 

 
Namastê 
nuno

sábado, 4 de junho de 2011

Criamos expectativas ao nosso redor, sem nos apercebermos que muitas vezes estamos a construir a nossa infelicidade futura! 

Digo-o, porque quase sempre que as criamos, corremos o serio risco de um dia nos desiludirmos.
Quando criamos expectativas nos outros, não estamos, nem mais nem menos, e de forma, muitas vezes inconsciente a desejar que os outros sejam aquilo que nós desejaríamos que fossem e não naquilo que na realidade são.
Na minha verdade, devemos apenas criar expectativas naquilo que possa estar ao nosso alcance.
E o que é que na realidade está ao nosso alcance? Nós mesmos!!!
O nosso eu, nós podemos controlar com auto-disciplina e com o nosso desejo e querer.
Lembro-me sempre que, seremos sempre aquilo que desejarmos ser!
Em nós, temos a capacidade de podermos alterar todas as coisas. Mas não nos outros. Os outros têm pensamentos próprios que muitas vezes nem podemos visitar em sonhos!
Concluo apenas, dizendo na minha verdade, que sou mais feliz desde que compreendi mais este aspecto da vida.
Namastê

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mudança V

Hoje decidi partilhar convosco, mais uma verdade minha. Não a verdade, porque não é um valor absoluto. Todas são válidas.
Embora sejamos seres inteiros e não fragmentos do mesmo ser, a realidade é que o ser inteiro, se faz do conjunto desses fragmentos.
Temos o nosso intrínseco e o extrínseco.
Temos em nós um poder enorme, que e chama dualidade.
Todos nós criticamos tantas coisas que surgem ao nosso redor, mas quantos de nós acabamos por fazer as mesmas coisas?
Se criticamos alguém que coloca o carro em cima do passeio, não o devemos fazer nunca!
Se criticamos alguém que atira lixo para o chão, não o devemos fazer nunca!
Se criticamos alguém por não respeitar a verdade dos outros, não o devemos fazer nunca!
Haveria centenas e centenas de exemplos que poderia escrever aqui.
Faça a sua vida com autocontrole e relembremos um irmão nosso Hopi, que quando lhe perguntaram como é que ele se considerava, ele respondeu:
Eu sou um cão mau e feroz, mas também sou um cão bom e dócil!
Perante a estupefacção de quem o ouvia, ele prosseguiu:
Eu sou aquele que eu alimentar!
Pela parte que me toca, continuo com o cão feroz e mau em mim, mas deixei de o alimentar. Como costumo dizer a quem me conhece… está cheio de fome, porque deixei de lhe dar alimento!
A meu ver a felicidade passa pelo não deixarmos que o lado extrínseco se sobreponha ao intrínseco.
Estamos fartos de filósofos!
Toca a actuar!
Também sei que a limpeza da terra vem ai, mas mesmo ansiando essa limpeza, continuarei sempre a plantar mais uma árvore.
Namastê

nuno 

Mudança IV

Hoje gostava de partilhar convosco, algo para a nossa reflexão.
Os dramas humanos e as catástrofes ecológicas têm a mesma causa: o homem afastou-se do coração da natureza, que é também o seu coração. Esquecendo a vida sensível do mundo, ele acabou por esquecer a si mesmo. Os Cheyennes das planícies sabiam que a perda do respeito devido a todas as formas vivas, humanas, animais e vegetais, conduz igualmente à perda do respeito devido ao próprio homem.
Não tenhamos medo dos contrários, das oposições que dividem o mundo e criam a ilusão de acontecimentos separados. Esta visão é fonte de conflito, de sofrimento e de luta perpétua. A noite não é inimiga do dia, assim como a morte não é inimiga da vida. É preciso haver o encontro do fogo e da água, do sol e da humidade para criar um arco-íris.
Entendermos isto, fará com que encontremos o equilíbrio em nós.
Entendermos isto, fará com que haja harmonia com a terra mãe.
Entendermos isto, fará com que entremos em linha de aproximação com o universo.
Entendermos isto, fará com que um dia de facto, sejamos irmãos.
Namastê
 nuno 

Mudança III


Falar de mudança, sem dar sentido à palavra, é como viver sem sentir.
Apenas posso escrever acerca da minha mudança, e do entendimento que possuo acerca deste tema tão importante no meu crescimento.
Por vezes, quem me lê, pergunta-me ou comenta que acha tudo muito bonito!
Mas como?
No meu processo, tudo passou e passa por auto-disciplina e consciência da realidade que vivi, vivo e viverei.
A mudança parte de dentro para fora, de forma, a que pouco a pouco inverta tudo aquilo que desejo na minha realidade.
Percebi que a minha satisfação e consequente felicidade, não passa por ter um carro novo, uma nova televisão, computador, telemóvel ou ferias em qualquer resort.
Entendi que essas tais coisas, apenas me davam uma satisfação momentânea. Porque passado algum tempo, saia um novo modelo do tal carro, da tal televisão, etc., e começava a desenvolver em mim o querer adquirir essas tais coisas, que apenas o dinheiro podia comprar. Conclusão… Ficava o vazio e a insatisfação!
Lembro-me sempre de uma historia que li um dia, acerca de uma turista que visitou um Guru e estando nos seus aposentos, e reparando que ele apenas possuía, uma esteira para dormir, pouca roupa e livros, comentou com espanto:
Ela – Só tem isto?
Ele – E a senhora, só tem isso?
Ela – Mas eu estou de passagem!
Ele – Eu também!

Cada vez mais vemos as pessoas a afogarem-se em coisas e a serem infelizes, tendo tudo o que o dinheiro pode comprar. Talvez ainda não compreendam que a satisfação reside no nosso interior e não no material.
Enquanto escrevo estas palavras, infelizmente morrem crianças por causa de não terem um euro sequer para uma vacina. Esta é a realidade nua e crua!!! Por isso temos tudo! Somos uns privilegiados!!!
Nasci com tudo o que o dinheiro pode comprar, viajei por meio mundo, tive bons carros, boas motas, etc., e o entanto, hoje sem metade dessas coisas, consigo ser muito mais feliz !!!
E para quem me diz... Ok, mas não é fácil!!! Respondo… Quem vos disse que era fácil…enganou-vos!!!
Namastê
nuno 

Mudança II


Muitas pessoas ao lerem os meus textos comentam…pois, isso é muito bonito, mas onde está a formula para se mudar?
Quem me conhece pessoalmente sabe que actuo em conformidade com o que escrevo.
Nunca escrevi, porque não penso, que seja qual for a mudança, ela seja fácil.
Acredito e actuo, que se desejarmos muito inverter as coisas, então mudaremos mesmo sem nos apercebermos.
Aconteceu-me um episódio há cerca de duas semanas que vos vou contar. Não por me considerar um exemplo a seguir, porque entendo que não devemos seguir trilhos dos outros, mas sim que devemos traçar os nossos próprios trilhos!
Conto-vos, porque fui incentivado a partilhar mais um episódio desta minha caminhada.
Muitos de vocês conhecem a minha filha de 4 patas :) . Foi com ela que começou tudo…
Estava na sala, perto da 1 da madrugada e ela começou a dar sinal de que qualquer coisa se passava lá fora. Como confio nela, fui à porta e deparei-me com uma senhora na casa dos 65 anos encostada ao muro, virada para o lado de dentro. Permaneci em silêncio e sem ser notado, fui apreciando o que a senhora estava a fazer. Estava a tentar tirar uma flor do meu pequeno jardim (uma estrelícia).
Passo a relatar o diálogo:

Eu – (Com uma voz calma e tranquila) Boa noite! Posso ser útil em alguma coisa?
Senhora – (assustada com a minha presença) Desculpe, estava a roubar-lhe uma flor!
Eu – Pois, eu reparei
Senhora – É que eu adoro flores
Eu – Mas eu agradeço-lhe que não o faça desta forma. Terei todo o gosto em partilhar consigo as minhas flores, mas em vez de tirar assim, porque as pode estragar, eu prefiro que toque à porta e eu terei todo o gosto em lhe dar
Senhora – Peço desculpa
Eu – Não faz mal. Olhe, vou só ali buscar uma faca para lhe cortar as flores
Senhora – (envergonhada) Deixe estar, não se incomode
Eu – Espere, que eu faço questão em lhas dar (e fui cortar as flores para lhas dar)
Enquanto cortava as ditas flores, a senhora foi-me dizendo…eu peço mesmo imensa desculpa pelo meu acto, mas eu adoro mesmo flores e sempre que passo por aqui, namoro as suas estrelícias :)

Cortei-lhe as mais bonitas e disse-lhe...já sabe, sempre que quiser uma, toque, que é com imenso prazer que lhas ofereço.
Virou-se para mim já com uma cara calma e disse-me…Olhe, eu vou mesmo tocar-lhe à porta, mas não para lhe pedir flores, mas para lhe oferecer uma flor. :)
A história teve hoje este desfecho :)
Cheguei exausto depois de mais um dia de trabalho e estava a preparar-me para comer, quando toca a campainha :)
Era a senhora, que me disse…Lembra-se de mim? Lembro sim, disse-lhe eu.
Pois olhe, hoje estive a fazer sonhos e se me permitir vinha oferecer-lhe alguns :)
Ficámos a conversar um bocado e fiz uma amiga :)
Que quero dizer com tudo isto?
Que quando a senhora me estava a tirar as flores, eu tive a dualidade em mim.
Podia ter reagido mal, pois afinal, tratava-se de uma invasão ou ter reagido da forma que reagi e transformar uma situação desagradável numa situação harmoniosa.
É actuando desta forma que transformo no meu pequeno mundo, as pedras em flores!
Como apontamento final, posso dizer-vos que os sonhos estavam óptimos e que a senhora é um amor :)
Namastê
Nuno 

Mudança I


Tenho conversado com muitas pessoas, que a um ritmo cada vez mais acelerado têm sentido o seu despertar espiritual. Sentem-se confusas, baralhadas e muitas vezes perdidas. Não entendem, como de um momento para o outro tanta coisa se alterou no seu interior (ser). Sentem muitas vezes, repugna por situações que anteriormente seriam absolutamente normais.
É sobre isto que vos quero falar.
Fomos ensinados desde que nos conhecemos, a sermos um dia, peças duma engrenagem complexa, para produzirmos. Na realidade nem conhecemos outra forma.
Entramos cedo para a escola, para passados uns anos estarmos aptos a produzir! Sim, a produzir! Como uma qualquer peça de uma maquina.
Enquanto produzimos, somos elementos validos, mas no dia em que adoecermos gravemente ou por e simplesmente, atingirmos uma determinada idade, passamos a ser obsoletos e muitas vezes desvalorizados.
Todos nós no dia a dia, de uma forma ou outra podemos sentir ou observar esta realidade.
Mas o que é um facto, é que fomos treinados para o fazer, muitas vezes sem sequer nos apercebermos que estamos a colocar como obsoletos, o que um dia farão também connosco.
Agora…quem nos ensinou a lidar com o nosso eu espiritual? A entendermos o nosso próprio ser?
Dalai Lama, em determinada altura referiu-se a isto mesmo!
É importante ensinarmos matemática, física, química, historia, geografia, etc? Claro que sim! Mas é igualmente importante que se ensinem os seres a viverem em harmonia com os seus semelhantes! A entenderemos que somos corpo e espírito num só! Que somos sempre validos, desde que não sejamos vistos única e exclusivamente, por uma óptica produtiva e economicista.
É importante que ensinemos as nossas crianças a desenvolverem a bondade, o perdão, a tolerância com a diferença, a nunca subjugar o semelhante, a respeitarem a terra como nossa mãe e principalmente a aprenderem a ser felizes encontrando em si mesmos a satisfação interior e não a obtê-la através de coisas materiais.
Pessoalmente, trabalho a minha satisfação interior na felicidade que consigo proporcionar aos que me rodeiam.
Que pretendemos nós desta passagem pela terra? Sermos felizes! Certo?!
Como podemos sê-lo, se tantas vezes passamos 2/3 das nossas vidas a desempenharmos sempre a mesma tarefa e muitas vezes sem que estas mesmas, nos proporcionem felicidade?
Não fará mais sentido, termos um melhor aproveitamento do tempo? A realizar, não uma, mas varias que nos digam algo?
Poderão dizer… Pois, mas não é fácil!
Eu sei, claro que não é fácil!
Mas é tudo uma questão de reeducação, de mudarmos de dentro para fora. Se o fizermos, tudo começará a acontecer!
Todas as mudanças implicam muita determinação, disciplina, força de vontade, e acima de tudo, muito querer em nós!
As mudanças que estão a acontecer são fortes, intrínsecas, celulares.
Por muitos de nós, não termos tido a oportunidade de ser preparados de forma harmoniosa, sentimos isto.
Vamos então evitar, que as nossas crianças passem o mesmo. Passemos a actuar em conformidade com o nosso verdadeiro eu!
É esse exemplo que elas necessitam ver.
Namastê
nuno 

A mosca

Para nossa reflexão

A mosca.

Parte I

Contam que certa vez duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim logo ao cair, nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair.
Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar, e de se debater e afundou-se.
A sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz, e, por isto continuou-se a debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi-se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali levantar voo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como um elogio à persistência, que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...

Parte II

Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, caiu novamente num copo.
Como já havia aprendido na sua experiência anterior, começou-se a debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria.
Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira, pousou na beira do copo e gritou:
"Está ali um canudo!!! Nada até lá e sobe!”

A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e, continuou-se a debater, até que, exausta afundou-se.

Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamo-nos a esforçar para alcançar os resultados esperados até que nos afundamos na nossa própria falta de visão?

Fazemos isto quando não conseguimos ouvir aquilo que quem está de fora da situação nos aponta como solução mais eficaz e, assim, perdemos a oportunidade de "reenquadrar" nossa experiência e ficamos paralisados, presos aos velhos hábitos, com medo de errar.

"Reenquadrar" é permitir-se olhar a situação actual como se ela fosse inteiramente diferente de tudo que já vivemos.
"Reenquadrar" é buscar ver através de novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso.
Tudo deve ser encarado como aprendizagem.

Desta forma, todo o medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que nos pode levar à energia que precisamos, motivação de continuarmos a procurar o que queremos, com a auto-estima que nos sustenta.
Desejo-vos uma boa reflexão.
Namastê

nuno

Assumamos responsabilidades

Assumamos responsabilidades



Decididamente, não pertenço a este mundo e cada vez mais, me sinto melhor em ser assim.
Hoje deparei-me com uma situação que me revoltou.
Estava numa caixa de um supermercado e de repente o caixa sai disparado para a rua a correr.
Não entendendo o que se tinha passado, perguntei ao meu filho o que tinha sucedido. Tinha sido uma rapariga que tinha roubado algo (comida).
Ainda estava estupefacto com o sucedido, quando à minha volta todos se prontificaram para agarrar a rapariga.
A minha reacção foi questionar os presentes, porque razão não iam correr a trás dos nossos lideres políticos e não só, que nos roubam escandalosamente todos os dias.
O porquê é simples de responder…
Porque esses são os poderosos e os protegidos no mundo actual (felizmente que este mundo actual tem os anos contados).
Esses empobrecem-nos todos os dias e cada vez mais!!!
O especulativo mundo financeiro felizmente já está a ruir, mas existem responsáveis e estão todos à solta e protegidos pela policia.
Não entendo mesmo este mundo e não quero entender mesmo!!!
Com isto, pretendo dizer o seguinte: Quando alguém rouba, mata, não respeita o seu semelhante, etc., é o único que deve ser preso?
Quantos seres se cruzaram pela vida destes nossos semelhantes e nada fizeram para evitar que um dia isso acontecesse???
Quantas vezes, são excluídos ao longo da caminhada por serem diferentes?
Amigos, professores, pais, governantes…Será que não entendem que quando alguém comete um crime, que muitas vezes o podíamos ter evitado com um gesto, uma palavra, um carinho, com amor!!!
Pelo actual sistema (em que não acredito, nem dou o mínimo de credibilidade) muitos outros os deveriam acompanhar atrás das grades. E sei que no futuro nem prisões haverá.
Digo-o porque não acredito neste tipo de reabilitação social. Porque apenas aumenta a revolta, a infelicidade e a continuidade.
Muitos dizem-me… mas as pessoas tem de ser responsabilizadas pelos seus actos.
É verdade! Porque muitos de nós também temos necessidades e não o fazemos (livre arbítrio).
Pensando desta forma, já estamos a marginalizar quem não tem tanta resistência, quem supostamente é mais “fraco”.
Por tudo isto e muito mais…anseio a limpeza neste planeta, onde ainda vivo e amo.
Namastê
Nuno

Nota: felizmente a rapariga conseguiu fugir e digo felizmente por tudo o que escrevi acima. 

Dar e receber

Hoje escrevo acerca do dar e receber, porque sinto que poderei ser útil através desta mesma reflexão.
Muitas vezes, para saber como é um ser, pergunto-lhe se ele gosta mais de dar ou receber.
Pela parte que me toca, adoro dar, porque é uma das vias que encontrei para a minha felicidade. Adoro ver as reacções, as expressões de felicidade por receberem, pelo imprevisto, etc.
Sempre fui assim, mas sempre que me queriam dar algo, eu nunca aceitava.
Até que um dia…recebi a visita de uma amiga que me preza muito. Vivia num país distante. Trouxe imensos presentes, coisas giríssimas, chás, artesanato feito por ela, etc.
Quando ela saiu, reparei num pequeno saco (também feito por ela), com estes dizeres…Planeta d’encantar.
Comentei de imediato com o meu filho...Ela trouxe-me tanta coisa, que eu nem reparei neste saco. Achei o saco lindo, e reparei que lá dentro continha um envelope. Nele, dizia…Para a tua bateria. Quando abri o envelope, nem queria acreditar. Estava cheio de notas.
Fiquei danado, peguei no telefone e sem a deixar falar, disse-lhe…diz-me onde estás, porque quero devolver-te isto já!!!
Ela, com a sua habitual serenidade (de ser de luz), apenas disse… olha nuno, passas a vida a dar! Chegou a hora de aprenderes a receber!!! E desligou o telefone.
Na altura veio-me de imediato a necessidade de reflectir acerca do sucedido.
Conclui o seguinte: Que direito tenho eu de recusar aos que me amam, a mesma felicidade que a mim me proporciona …DAR!!!
Com isto, acabei por dar mais uma cajadada numa coisa que todos nos deveríamos despir cada vez mais e mais…o EGO!
E encontrei o equilíbrio entre o dar e receber.
Namastê
nuno 

Pequenos gestos




Pequenos gestos

Muitas vezes costumo escrever que a vida nos ensina a todos nós, mas que para aprendermos, teremos obrigatoriamente que estar atentos, reflectirmos e actuarmos.
Hoje à tarde ia numa correria para o trabalho, quando uma Senhora que me viu crescer, que aturou tantas e tantas traquinices e brincadeiras minhas, ia a passar na rua. Parou, ficou a olhar para mim, a observar a minha azáfama a pôr as coisas no porta bagagens e disse-me:
- Olá Nuno! Dás-me um beijinho?
- Claro que dou! E no meio da minha pressa, parei, dei-lhe um abraço, um beijo e disse-lhe que gostava muito dela.
No regresso a casa, depois de mais um dia cansativo, carregado de coisas, ouvi uma voz a chama-me. Era ela, a Dona Eugénia.
- Olá filho, só agora é que chegaste? Estava aqui à janela a ver se te via passar, porque preciso de te dizer uma coisa.
- Olá Dona Eugénia :) Diga-me…
- Hoje fizeste com que a minha tarde fosse mais feliz, porque me soube muito bem que me desses um beijinho e um abracinho, e queria dizer-te isto :)
Fiquei sem palavras, desejei-lhe uma boa noite e vim para casa a pensar no pequeno gesto.
Quantas vezes sem darmos conta, deixamos de ter estes pequenos gestos, sem nos apercebermos da importância que poderão ter para os outros e para nós mesmos?
Comecei a viajar e de repente recuei à minha infância, recordei as futeboladas com o filho da Dona Eugénia à sua porta, das belíssimas sopas de leite com café que eu comia em sua casa e adorava, recordei cheiros, emoções, fragmentos de uma vida, também ali vivida.
Recordei com alguma nostalgia esses bons momentos e com a felicidade de ter tido a Dona Eugénia presente no meu crescimento.
Obrigado eu Dona Eugénia, por existir na minha vida!!!
Estará sempre no meu coração!!!
Mil beijinhos, mil abracinhos :) :) :)
Namastê :)
nuno

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Persistência

O bambu chinês depois de plantado não se vê por aproximadamente cinco anos, excepto o lento desabrochar de um diminuto broto a partir do bolbo. 
Durante cinco anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu. 
Mas, uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra, vai sendo construída. Então, no final do quinto ano, o bambu chinês cresce até atingir a altura de 25 metros. 

Um escritor do qual não me recordo o nome, disse um dia: 
"Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço. Faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e às vezes não vê nada por semanas, meses ou anos. Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu quinto ano chegará, e com ele virá um crescimento e mudanças que você jamais esperava". 

Que concluo? 

Que tal como o bambu cresce dentro da terra sem se ver, também em nós funciona da mesma forma o crescimento. 
É algo que brota de dentro para fora. Embora não vejamos resultados na hora, estamos a dar comandos ao nosso eu, no sentido da mudança, do crescimento e da energização. 
Devemos ter em conta alguns aspectos fundamentais neste cultivo interior: Disciplina da mente, persistência e paciência. Se conseguirmos ter estes 3 factores sempre presentes em nós, sem nos apercebermos, nasce em nós tudo o que desejamos e consequentemente a satisfação interior. 
Claro que como em tudo, é importante focar, porque também no bambu, de vez em quando o vento sopra forte sobre ele, curvando-o até ao chão, dando por vezes a impressão que vai partir. Mas quando passa a ventania, ele volta ao seu lugar, porque as suas raízes fortificaram-se nos anos que cresceram sem se ver. 
 
Meditem nisto 
Namastê 
Nuno

Renovação

A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. 
Chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar 
uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos ela está com: 
As unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as suas presas 
das quais se alimenta. 
O bico alongado e pontiagudo se curva. 
Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função 
da grossura das penas, e voar já é tão difícil! 
Então, a águia só tem duas alternativas: 
Morrer...ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. 
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se 
recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. 
Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma 
parede até conseguir arrancá-lo. 
Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. 
Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. 
E só após cinco meses sai para o famoso voo de renovação e para viver então mais 30 anos.

Nas nossas vidas, muitas vezes, temos de resguardar-nos por algum tempo e 
começar um processo de renovação. Para que continuemos a voar um voo de 
vitória, devemos desprender-nos de lembranças, costumes e outras tradições 
que nos causaram dor. Somente livres do peso do passado, poderemos 
aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz. 
Namastê 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Medo

Por que será que tudo o que é novo, não habitual, diferente daquilo com o que estamos acostumados, nos causa tanto medo? 
Sempre que somos levados a enfrentar uma mudança em nosso padrão de vida, vemo-nos tomados por um medo de que algo de mau venha a acontecer. 
Provavelmente isto acontece, porque fomos sempre ensinados a procurar por segurança, por situações em que nos sintamos confortáveis e acomodados. 
Embora a existência seja feita de mudanças – e para constatarmos isto basta observar o fluxo ininterrupto de mutações que a natureza nos revela todos os dias, nós, humanos, insistimos em construir uma vida estável, onde nada nos surpreenda, ou nos faça sentir a ansiedade diante do desconhecido. 
É natural e compreensível que uma situação ainda não experimentada nos mobilize internamente, mas isto não deveria ser necessariamente mau e sim uma oportunidade de testarmos nossa capacidade de responder a ela de forma criativa e original, única!!! 
O problema é que desejamos ter respostas prontas para todas as situações e acreditamos ser possível possuir uma receita que nos dê a garantia de que nos sairemos bem em qualquer circunstância. 
Este é um condicionamento comum à maior parte da humanidade, por isto, uma lição essencial que os mestres costumam transmitir aos seus discípulos é que eles devem aprender a lidar com a vida com a inocência e o deslumbramento de uma criança.• 
Cada novo desafio deve ser enfrentado com a disposição interior de que se encontrará o caminho mais acertado. Isto exige uma mudança em nosso padrão usual de reacção, que deve passar do medo e da negatividade, para o optimismo e a confiança ( Embora sejam princípios milenares, hoje a dianetica foca muito isto). 
Seguir o próprio coração é essencial, pois ele é sempre o melhor conselheiro quando as crenças negativas insistem em nos paralisar. Acreditar em nossa capacidade de vencer as dificuldades e obstáculos é o único meio de avançarmos em direcção ao novo sem qualquer receio. 
...“ já viu uma criança a correr no mar? Tão estimulada! Com tanta euforia! A colecionar conchas e pedras coloridas. Já viu uma criança a correr num jardim para apanhar uma borboleta? Nunca correrá daquele modo mesmo se Deus estiver lá; não correrá daquela maneira. Não estará tão elevado mesmo se Deus estiver lá. Mover-se-á como um adulto, com medo do que dizem dele. Não se apressará, não será louco. Manterá sempre as suas maneiras; Mostrará sempre que é maduro, que já não é uma criança.:) 

Leia com muita atenção 

Yeshua disse: ‘Somente aqueles que são como crianças, estarão prontos para entrar no meu Reino de Deus’ – somente aqueles que são como crianças, somente aqueles que ainda são capazes de maravilhar-se. Maravilhar-se é o grande tesouro da vida. Uma vez que perca a capacidade de maravilhar-se... terá perdido a vida – então arrasta-se, mas não terá uma vida longa. E conhecimento mata o maravilhar-se. 

Meditem nisto 
Namastê 
nuno 

Dogmas

Dogmas – São afirmações absolutas que não permitem a discussão. São um conjunto sistemático de representações (ideias, valores) e de normas ou regras (de conduta), que indicam ou prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como devem pensar, o que devem valorizar e como devem valorizar, o que devem sentir, fazer e como. 
Posso concluir na minha verdade que dogma é sinónimo de limitação, de prisão interior, de preconceito. 
É uma verdade absoluta!!! 
Verdade absoluta? Não existem verdades absolutas!!! 
Costumo dizer que encontrei a minha verdade. Não a verdade. 
A verdade, é um valor relativo, e todas as verdades serão validas e tão respeitáveis como tantas outras verdades. (tolerância) 
Ao longo dos séculos o homem subjugou o seu semelhante de variadíssimas maneiras, baseando-se nos dogmas, quer religiosos, quer sócio-políticos. 
Matou-se e mata-se em nome de Deus de tal forma, que mataram Deus no coração dos homens. Ensinaram-nos a ser tementes a Deus em vez de nos ensinarem o amor, ensinaram-nos a ter medo, para nos poderem controlar de forma mais eficaz. Ensinaram-nos um Deus que não existe (um senhor numa poltrona de ouro a enviar almas para o céu e para o inferno). 
Tive a oportunidade em determinada fase da minha vida, de viajar por variados pontos da terra, de conhecer varias religiões, sistemas políticos, organizações sociais. Não tive interesse em passar dias em museus, mas sim em conhecer pessoas, filosofias e formas de estar. 
Com isto, aprendi varias coisas sem na altura me aperceber: a ser mais tolerante com o meu semelhante, a respeitar a verdade dos outros e a aceitá-la como tão valida como a minha, que todas as religiões se baseiam no amor, a compreender as diferenças entre os filhos da terra e com tudo isto deixei de ser religioso. 
Deixei os dogmas que me foram incutidos desde menino e sem imposições descobri que Deus somos todos nós, que somos energia, que criamos o nosso mundo, que somos um holograma. 
Na minha verdade, entendo que a libertação, a satisfação interior, a paz nos seres da terra, começará à medida que formos eliminando os dogmas que nos foram incutidos, e darmos oportunidade ao fluir da nossa mente. 
Muitos poderão interrogar-se acerca disto e nem estarem de acordo, e respeito isso. Apenas peço que reflictam no seguinte: Vivemos num mundo justo? É correcto subjugar o semelhante? Os nossos líderes religiosos e políticos têm conseguido a harmonia, a felicidade na terra? 
Namastê
nuno

Mahatma – A grande alma

Ao ler uma entrevista com o neto de Mahatma Gandhi, senti que devia partilhar isto convosco. 
A determinada altura Araun Gandhi diz do seu avô… “Passava uma hora por dia comigo, em que me contava historias e me ajudava a compreender o que tinha aprendido na escola.” Sublinhando, que apesar de estar empenhado na união e independência da Índia, nunca deixou que isso perturbasse o convívio com os netos. 
Araun diz ainda…”Hoje em dia as pessoas estando muito menos pressionadas que o seu avô, não têm tempo para as crianças.” 
Lendo isto lembrei-me de algo que me tem ajudado na minha caminhada. Auto-disciplina. 
A noção absoluta que cada momento na vida tem de ser aproveitado de maneira proveitosa. 
Ora, esta auto-disciplina de Mahatma Gandhi permitiu-lhe ter tempo com qualidade com os seus netos, mesmo estando tão atarefado nas suas causas. 
Quantas vezes estamos a fazer algo, com a cabeça noutro lado? 
Ao fazermos isso não deixaremos de viver o presente? 
Dou aulas no meu dia a dia, numa área onde é fundamental a concentração. É fundamental focar o momento. 
É frequente, muitas vezes, não se alcançarem os resultados desejados, precisamente pela falta de concentração no momento certo. 
Valerá a pena reflectirmos acerca disto, pois ganhamos em satisfação interior pelos resultados obtidos e consequentemente seremos mais harmoniosos e proveitosos. 
 
Namastê 
nuno

Filósofos e obreiros

Recebo, como muitos de vós, centenas de emails sobre amor, solidariedade, justiça, igualdade, etc., com a mensagem final para fazermos reencaminhamento dos mesmos. 
Pela parte que me toca, não os reencaminho! Confesso que a maior parte das vezes nem os leio sequer! 
CANSEI-ME! 
Recebem-se os ditos emails, vertem-se umas lágrimas e passados cinco minutos, já estão esquecidas as mensagens. 
Não é uma crítica! É uma constatação mais do que evidente para todos nós! 
Caso contrário, com tantos emails, já o mundo estaria melhor! E não está! É um facto evidente. 
Com isto pretendo transmitir o seguinte: Estou cansado de filósofos. Não que não nos sejam extremamente úteis, pela reflexão a que nos obrigam. 
Podemos citar Aristóteles quando nos transmite que nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um modo de agir, mas um hábito, ou Platão quando nos diz que muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua, ou Sócrates quando diz, não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo. 
Mas a verdade é que em nada mudou a realidade áspera que é o mundo. 
Precisamos, em vez de emails bonitos, de acções diárias. De definitivamente colocarmos em pratica as palavras bonitas, caso contrário, apenas servem para aumentar as frustrações de vivermos num mundo cada vez mais injusto em vez de um, onde possamos todos usufruir da maravilha que é a criação humana. 
Quando me dizem que não vou mudar o mundo, eu respondo sempre…Faço a minha parte! 
Acredito que se todos fizerem a sua, então sim, e parafraseando o grande chefe Steale… 

TALVEZ UM DIA SEJAMOS IRMÃOS 

Namastê 
nuno