terça-feira, 12 de abril de 2011

Níveis de consciência

Escrevo muitas vezes sobre a importância de sermos seres conscientes. 
Faço-o, porque só à medida que formos cada vez mais conscientes, poderemos consertar o homem. 
Vou relatar um caso que aconteceu comigo há pouco tempo e que decidi partilhar convosco para reflexão. 
Tenho uma escola, onde ensinamos pessoas a corrigirem e a ensinarem os seus cães. 
Infelizmente, algumas pessoas recorrem a nós, em ultima instancia e algumas dessas vezes, fazem-no apenas porque os seus cães foram considerados perigosos por terem atacado pessoas. Têm um prazo, dado pelas “autoridades” de 60 dias para fazerem prova em como se inscreveram numa escola, com vista a corrigirem esses comportamentos. 
O mês passado, um “ dono” de um cão com imensos problemas de agressividade, pediu-nos que o aceitássemos na escola com a intenção de corrigir esses mesmos comportamentos, e para lhe passarmos a declaração respectiva, para entregar ás tais “ditas autoridades”. 
Até aqui, o procedimento foi igual a tantas outras vezes. 
A diferença, foi que percebi, que sem querer e devido à falta de responsabilidade e consciência de terceiros, andei anos a passar declarações que de nada serviram. :) 
Digo isto, porque o dito senhor do cão agressivo, depois de ter ido a seis aulas, e ter a declaração na mão, nunca mais apareceu. Achei estranho e telefonei a saber o que se passava. 
Resumo da conversa… 
- Passa-se alguma coisa, para não ter vindo mais? 
- Já não vou mais! Já não é preciso! 
- Não é preciso? Como assim? O seu cão tem graves problemas comportamentais e um dia ainda mata alguém!!! 
- Mesmo assim não vou mais, porque eles (as ditas autoridades conscientes) disseram-me que como já lhes entreguei a declaração, o assunto fica arquivado e arrumado! 
Marquei uma reunião com os meus fantásticos colaboradores, e desde dia acabaram-se as declarações, enquanto eu não me reunir com as tais “autoridades”, para me explicarem onde se situa o nível de consciência de quem supostamente, tem a obrigação de fazer cumprir o que se legisla. 
Pela parte que me toca, não pactuo mais com estes patamares de consciências inconscientes. 
Digo sempre aos meus fantásticos colaboradores que por enquanto ainda preciso do dinheiro para viver, mas que antes do dinheiro, está a minha consciência!!! 
Porque sem ela perderia toda a minha utilidade. 
Um processo que até poderia funcionar, acaba por ser uma mera burocracia. 
Haja paciência para tanta falta de responsabilidade social e tanta inconsciência!!! 
Deixo a reflexão…Cabe a cada um de nós o dever de agirmos de uma vez por todas de forma consciente. 
Quanto valerá a vida de uma criança que é atacada por um cão, por todos estes “responsáveis conscientes” não estarem nem para ai virados? 
E mais não digo! 
Namastê 
nuno

1 comentário:

PASSAGEM disse...

Eu gostava de ser e ter sido sempre um Ser Consciente :(((
A B R A Ç O