sexta-feira, 29 de abril de 2011

A mosca

Para nossa reflexão

A mosca.

Parte I

Contam que certa vez duas moscas caíram num copo de leite. A primeira era forte e valente, assim logo ao cair, nadou até a borda do copo, mas como a superfície era muito lisa e ela tinha suas asas molhadas, não conseguiu sair.
Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de nadar, e de se debater e afundou-se.
A sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz, e, por isto continuou-se a debater por tanto tempo, que, aos poucos o leite ao seu redor, com toda aquela agitação, foi-se transformando e formou um pequeno nódulo de manteiga, onde a mosca tenaz conseguiu com muito esforço subir e dali levantar voo para algum lugar seguro.
Durante anos, ouvi esta primeira parte da história como um elogio à persistência, que, sem dúvida, é um hábito que nos leva ao sucesso, no entanto...

Parte II

Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido ou acidente, caiu novamente num copo.
Como já havia aprendido na sua experiência anterior, começou-se a debater, na esperança de que, no devido tempo, se salvaria.
Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira, pousou na beira do copo e gritou:
"Está ali um canudo!!! Nada até lá e sobe!”

A mosca tenaz não lhe deu ouvidos, baseando-se na sua experiência anterior de sucesso e, continuou-se a debater, até que, exausta afundou-se.

Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de notar as mudanças no ambiente e ficamo-nos a esforçar para alcançar os resultados esperados até que nos afundamos na nossa própria falta de visão?

Fazemos isto quando não conseguimos ouvir aquilo que quem está de fora da situação nos aponta como solução mais eficaz e, assim, perdemos a oportunidade de "reenquadrar" nossa experiência e ficamos paralisados, presos aos velhos hábitos, com medo de errar.

"Reenquadrar" é permitir-se olhar a situação actual como se ela fosse inteiramente diferente de tudo que já vivemos.
"Reenquadrar" é buscar ver através de novos ângulos, de forma a perceber que, fracasso ou sucesso.
Tudo deve ser encarado como aprendizagem.

Desta forma, todo o medo se extingue e toda experiência é como uma nova porta que nos pode levar à energia que precisamos, motivação de continuarmos a procurar o que queremos, com a auto-estima que nos sustenta.
Desejo-vos uma boa reflexão.
Namastê

nuno

1 comentário:

Anónimo disse...

É verdade estamos sempre a aprender. Viver, respirar, olhar à nossa volta... tudo nos possibilita apreender "coisas" novas. Nem que seja porque nós mesmos não somos iguais ao que já fomos. Por via das vivências pessoais mudamos.... logo viver é isso também... aprender.

Obrigada
Sara